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Livro

Salvação pela Fé ou pelas obras?

A Graça e a Paz de Deus por Jesus Cristo, sejam em vossos corações.

Esta carta foi escrita em abril de 2024, aos meus irmãos cristãos, que consideram a Bíblia como inerrante e infalível Palavra de Deus escrita, e desejam crescer na Graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a quem pertence toda a honra e toda a glória.


Atualmente tem havido muitas dúvidas a respeito da Salvação, até mesmo entre os cristãos que professam a sua Fé em Jesus Cristo. As perguntas que não querem se calar são: a salvação é pela Fé ou pelas obras? Ou quais são os percentuais de Fé e de obras necessários, para que a salvação seja conquistada? O quanto Jesus fez, e o quanto eu devo “fazer por merecer” a salvação?


Vamos ver o que a Palavra de Deus nos ensina sobre isso. O Espírito Santo através do apóstolo Paulo, ensinou assim aos irmãos de Éfeso: “pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2:8-10).


O apóstolo Tiago, também inspirado pelo Espírito Santo, escreveu essas palavras no texto que aborda as evidências da Fé verdadeira: “a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras” (Tiago 2:17,18). Pouco mais adiante ele ainda diz: “vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé” (Tiago 2:24).


Estariam esses dois apóstolos se contradizendo? Obviamente não, pois se assim fosse, a confiabilidade das Escrituras Sagradas estaria comprometida.


Primeiramente devemos compreender quais são essas boas obras, que devem estar presentes na vida do cristão. Vamos à carta de Paulo aos irmãos da Galácia, onde ele expõe sobre as obras da carne e os frutos do Espírito: “se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito” (Gálatas 5:18-25).


Consideremos isto meus amados irmãos em Cristo, que as obras da carne fazem parte do homem caído em Adão, o qual se tornou inimigo de Deus por natureza, inclusive a sua posteridade, como está escrito: “porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3:23,24).


A Lei de Deus revelada a Moisés no monte Sinai, reflete o Seu caráter imutável, e a justiça que Ele requer de todo o ser humano, sem a qual permaneceremos para sempre mortos em pecado, e condenados debaixo da sua Ira eterna. No entanto, essa é a verdade: “como está escrito: não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só” (Romanos 3:10-12).


Cristo, o unigênito Filho de Deus, foi enviado para nascer na Terra como homem, Jesus, para cumprir toda a Lei, e satisfazer toda a Justiça de Deus. Ele se ofereceu voluntariamente como sacrifício Vivo, Santo e agradável a Deus. Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. O primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da terra. Como está escrito: “Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos (Isaías 53:5,6).


Então o que devemos fazer para ganhar a salvação? Certo homem, fez a mesma pergunta ao apóstolo Paulo, e a resposta foi essa: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo” (Atos 16:31). Isso ocorreu durante uma das missões do apóstolo, em obediência ao chamado do Senhor Jesus a todos os seus discípulos: “ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado (Marcos 16:15-16).


Sobre isso o apóstolo João aborda com extrema clareza quando diz: “Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más (João 3:17-19).


Em relação a esta crença, o apóstolo Tiago ainda diz: “tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o creem, e estremecem” (Tiago 2:19). Você acredita que Jesus Cristo é Filho de Deus, e que Ele se entregou pelos nossos pecados? Muito bem, mas Satanás também acredita nisso, e ele continua sendo Satanás mesmo acreditando. E então, o que diremos? Diremos que o pré-requisito para entrarmos no Reino de Deus é crer em Jesus, pela Fé; a Fé que não vem de nós, e nem das nossas obras, mas a Fé que é um dom de Deus. Se é dom, é Graça, e se é Graça, significa que não merecemos.


A Fé que vem pela Graça nos faz reconhecer a nossa pecaminosidade, e a nossa incapacidade de sermos justos diante de Deus por nós mesmos. Podemos até ser justos para com o nosso semelhante, mas diante de Deus, que conhece os nossos pensamentos e as intenções do nosso coração, isso é simplesmente impossível. Aceitando essa impossibilidade, depositamos então toda a nossa confiança em Jesus Cristo, para que sejamos batizados com o Espírito Santo, pela Graça de Deus, e então justificados pela justiça Dele, aquela que foi conquistada lá na cruz do Calvário de uma vez por todas.


Depois de crer e receber gratuitamente essa Fé, inicia-se uma vida de obediência à Palavra de Deus, em comunhão com a Igreja de Cristo, que é formada por pequenos e grandes grupos de cristãos espalhados por toda a Terra, que adoram Jesus em Espírito e em Verdade, e vivem em comunhão uns com os outros (Salmos 133; Matheus 18:20; João 4:23). Um dos primeiros atos de obediência é o batismo nas águas, feito por outro cristão, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, como um símbolo de confissão pública de aceitação da Fé. Parece fácil, não é mesmo? Mas não é! Na verdade, é impossível. Mas como está escrito: “aos homens isso é impossível, mas a Deus tudo é possível (Mateus 16:26).


Essa é a Fé que muda o nosso caráter de dentro para fora, transforma o nosso coração, e produz em nós um profundo arrependimento pelas obras mortas do pecado. Uma Fé que traz vida e paz ao nosso espírito; que sepulta o velho homem caído em Adão, e ressuscita um novo homem em Cristo, como templo e morada do Espírito Santo (I Coríntios 6:19). Embora o batismo nas águas seja um mandamento, para simbolizar o novo nascimento, não é o batismo nas águas em si que produz esse novo nascimento, mas o batismo em Cristo, pela Fé, através do Espírito Santo (Mateus 3:11). Batizar nas águas, ou levantar as mãos e dizer que aceita Jesus, sem crer em Jesus por meio da Fé verdadeira, não significa absolutamente nada.


Pois bem; até aqui, espero ter esclarecido acerca da conquista da Salvação. Quem realmente conquistou a nossa Salvação, e como fazer parte dessa conquista. Espero ter provado por meio das Escrituras que é somente pela Fé em Jesus, aquele que cumpriu toda a Justiça de Deus, pagou pelos nossos pecados, e é o nosso Caminho, a nossa Verdade e a nossa Vida.


A principal característica da Fé verdadeira é reconhecer que, a nossa Salvação é uma obra do Espírito Santo em nós, capaz de nos fazer crer em Jesus Cristo como Filho de Deus, e único Salvador, e inclinar o nosso coração a obedecê-Lo por meio das Escrituras Sagradas, como está escrito na carta do apóstolo Paulo aos irmãos de Filipos: “Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Filipenses 2:13).


Outra grande característica da Fé é a Esperança, que nos trás a certeza da nossa Salvação. Certeza de que estamos de fato sendo participantes do corpo e do sangue do nosso Senhor, em Espírito. Para isto, é necessário um constante autoexame de consciência, como o apóstolo Paulo ensinou aos irmãos de Corinto: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem” (I Coríntios 11:28-30). Isso vai muito além da participação no sacramento da Ceia do Senhor! É possível participar da Ceia na igreja, fisicamente, junto aos irmãos, e nunca ter participado do corpo e do sangue do Senhor em Espírito.


Esse autoexame deve iniciar na conversão e terminar na sepultura. Consiste em “crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, dando Glórias somente a Ele” (II Pedro 3:18).


Consiste em viver atento à Bíblia Sagrada, como Palavra de Deus escrita, revelada pelo Espírito Santo, para certificarmos de que a nossa vida está produzindo os frutos do Espírito; se estamos de fato crescendo em amor por Jesus Cristo e pelas pessoas; se estamos cada vez mais despidos do nosso ego, e lutando contra o pecado em nós mesmos; se estamos cada vez mais felizes e gratos pela nossa Salvação; se o nosso Espírito está cada vez mais em Paz, mesmo em meio às tribulações e tentações; se estamos crescendo em paciência, benignidade, bondade e Fé; se estamos sendo cada vez mais mansos e humildes; e se estamos sendo cada vez mais fiéis aos nossos cônjuges, pais, filhos, familiares, amigos, patrões, funcionários etc. Devemos observar constantemente se estamos dando testemunho de Jesus Cristo em toda a nossa maneira de viver, em todos os lugares, inclusive nos mais secretos e reservados.


João Batista quando pregava o Evangelho no deserto da Judeia, dizia: “agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo” (Mateus 3:10). No contexto desse capítulo, as árvores representam todos aqueles que de alguma forma ouviram a mensagem do Evangelho.


Jesus aborda o mesmo assunto, mas no lugar das árvores, Ele usa as varas para contextualizar o seu discurso: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem” (João 15:1-6).


A Palavra de Deus então nos faz considerar que, Jesus Cristo é autor e consumador da nossa Fé, em quem devemos manter os nossos olhos fitos, enquanto avançamos com perseverança a nossa carreira que nos foi proposta, deixando todo o embaraço e todo o pecado que tão de perto nos rodeia, conforme está escrito em Hebreus 12:1,2.


Se Jesus é o autor e o consumador da nossa Fé, então a nossa Salvação é 100% pelo mérito Dele, e somente Dele, segundo a vontade do Pai. E através do Espírito Santo que procede Dele, podemos crer Nele, e caminhar por Ele, Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida (João 14:6). As boas obras não nos trazem méritos, pois elas são os resultados da nossa Salvação, que procede de Cristo Jesus nosso Senhor. São os frutos do Espírito; os frutos do ramo que está ligado na Videira verdadeira, como está escrito: “se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos” (João 14:15).


É possível que haja ramos cheios de folhagens, porém, sem frutos. Estes representam aqueles que têm aparência de cristão, mas não vivem como cristão; “têm aparência de piedade, mas negam a eficácia dela” (II Timóteo 3:5). Jesus repreendeu duramente os escribas e fariseus, que eram exatamente assim, dizendo: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade” (Mateus 23:27,28).


Voltando aos nossos dias, quem poderia se enquadrar nessa situação? A resposta é: todos aqueles que não confiarem apenas em Jesus Cristo para a salvação, vivendo sem os frutos do Espírito. Todos aqueles que depositarem suas confianças na força de seus braços, e na sua capacidade, considerando-se justos aos seus próprios olhos e merecedores da salvação. Quem está nessa situação, corre sérios riscos de ser cortado e lançado no fogo no dia da ceiva; ao final desta vida. É necessário que haja arrependimentos e retorno ao primeiro Amor (Apocalipse 2:4,5).


Quando percebemos que falta em nós os frutos do Espírito, então devemos clamar por misericórdia Àquele que é a fonte da misericórdia. Àquele que deixa as 99 ovelhas para resgatar aquela que está desgarrada (Lucas 15:4-7). Àquele que recebe de volta o filho pródigo (Lucas 15:11-32). Àquele que abre a vista dos cegos, cura os enfermos e fortalece os joelhos vacilantes.

Quando percebemos que há frutos em nós, certamente vamos entender que estamos longe da perfeição, e se estivermos crescendo no conhecimento da Palavra de Deus, como luz ela vai iluminar, e como espelho Ela vai refletir cada vez mais o íntimo dos nossos pensamentos, e nos manter humilhados aos pés da Cruz, para que em todo o tempo possamos alcançar a misericórdia e o perdão, por Aquele que nos amou e nos libertou da escravidão do pecado.


O apóstolo Paulo, mesmo depois de vários anos pregando o Evangelho, quando olhou para si mesmo disse: “miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor” (Romanos 24:25). Quando ele percebeu que nele havia bons frutos, ele disse: “pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo” (I Coríntios 15:10). Na segunda carta aos irmãos de Corinto ele diz: “aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva”.


Por fim, o gloriar nas próprias obras, como se elas acrescentassem algo ao sacrifício de Cristo, procede do próprio orgulho do coração humano, que é pecado. Como o apóstolo Paulo disse em Efésios 2:8,9: “a salvação é pela Fé em Jesus Cristo; não vem das obras para que ninguém se glorie”.


De fato, não há motivo para se gloriar nas obras, porque se no dia do julgamento, diante do tribunal de Deus, as nossas obras forem pesadas na balança, nenhuma carne se salvará, pois todos os nossos pensamentos, e todas as intenções do coração estão diante de Deus. Na verdade, o julgamento será pelas obras, como está escrito em Eclesiastes: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau” (Eclesiastes 12:13,14).


Sendo assim, quem poderá escapar da condenação eterna, e se livrar da Ira Santa de Deus, que é Justo Juiz e Fogo Consumidor, que odeia o pecado? Nem eu, nem você! Ninguém!


Mas o Evangelho é a boa notícia. A notícia de que estamos condenados, mas que existe um Caminho, existe uma Verdade, e existe uma Vida Eterna. Cristo Jesus, o Filho de Deus, é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ele morreu em nosso lugar e nos preparou as boas obras, para que, no dia do Juízo, quando Deus olhar para nós, e ver o Filho Dele em nós por meio dos frutos do Espírito, sejamos declarados justos, não pela nossa justiça, mas pela justiça Dele, e somente Dele, que por Graça, o Espírito Santo pode enxertar em nós, por meio da Fé Nele, e somente Nele!


Concluímos então que, a Fé verdadeira que nos liberta do domínio do pecado é um dom de Deus, conquistado por Jesus Cristo na cruz. É uma Fé que produz arrependimento e transforma o coração, para andarmos em obediência à Palavra de Deus, produzindo os frutos do Espírito. Concluímos que os apóstolos Paulo e Tiago estavam em perfeita harmonia, em comunhão pelo mesmo Evangelho. Paulo apresentou a salvação que é somente pela Fé em Jesus, e Tiago continuou ensinando sobre os Frutos do Espírito, que a mesma Fé produz no cristão regenerado, para que possamos viver cheios de Esperança, e com a certeza da nossa Salvação. Aleluia!


Louvado seja Deus por Jesus Cristo nosso Senhor, para todo o sempre. Amém!


Carta escrita em abril de 2024.

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